Wall-E é o último robô no planeta, há mais de 700 anos, que foi feito para limpar toda a sujeira deixada pelos humanos na Terra. Foi feito é para limpar todo o lixo cinematográfico que andam passando a meio mundo. Veio pra ensinar o quão mágico pode ser um filme. Traz consigo uma grande metáfora. Não aquela de “proteja a natureza, proteja a vida”. É bem mais que isso. Robôs humanizados, humanos coisificados. Tudo que Wall-E sabe, aprendeu em filmes antigos, e assimilou cada cena, a da dança, a do romance, da conquista, da amizade....Aprendeu tudo isso vendo os humanos. Aprendeu a dar valor às coisas mais simples.“Wall-E” não trata da salvação da Terra, mas da Humanidade. Pode ser que já tenhamos visto isso em algum lugar, tantos os filmes de ficção que trazem uma catástrofe ao planeta e alguma mensagem edificante depois. A diferença é a simplicidade com que tudo isso é mostrado. Wall-E não precisa de fala pra se comunicar, é tudo tão auto-explicativo. E é tão lógico pensar assim, tão simples. Algo como aquela de “se não consegue entender o meu silêncio, as minhas palavras não dizem nada”.Simplesmente admiramos o robozinho em seus afazeres diários. São coisas simples, que prendem a nossa atenção, que nos impressionam sem querer. É como observar um cachorro brincando, tentando puxar um fio preso do sofá. Ou uma criança se entretendo com um bloco de montar.Tudo se move pra que não precisemos mesmo de diálogos. O que mostra o filme são as imagens, as expressões, que funcionam perfeitamente para ditar o ritmo e passar o sentimento que a cena deve ter. Te faz observar cada detalhe, como se dissesse: “não vou falar nada, vou apenas te mostrar e você vai entender”. É como um filme mudo. Como a verdadeira essência do cinema.
Wall-E (Wall-E)
Elenco: Vozes na versão original de: Fred Willard, Jeff Garlin, Ben Burtt, Kim Kopf, Garrett Palmer, Sigourney Weaver.
Direção: Andrew Stanton
Gênero: Animação
Distribuidora: Disney
Sinopse: Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o retiro durasse alguns poucos anos, com robôs sendo deixados para limpar o planeta. Wall-E é o último destes robôs, que se mantém em funcionamento graças ao auto-conserto de suas peças. Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres maiores que arranha-céus, e colecionar objetos curiosos que encontra ao realizar seu trabalho. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno robô: Eva. A princípio curioso, Wall-E logo se apaixona pela recém-chegada.


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