Caretas ou pegadoras, mulheres na faixa dos 30 esbanjam autonomia. O que inclui praticar ou recusar ousadias com o sexo oposto...

Solteira, assim como separada, é estado civil. Avulsa, minha amiga, é um estado de espírito. Esta é uma reportagem sobre mulheres avulsas – como as próprias se denominam. Na faixa dos 30 anos, no auge da beleza e do vigor, e “na pista” – ou seja, atrás de um homem, elas se dividem entre “caretas” e “pegadoras”. As tribos têm valores diferentes, mas o comportamento sexual está liberado para todas. Pelo menos é o que aponta a última pesquisa coordenada pela professora Carmita Abdo, do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Durante 2008, foram ouvidos 8 237 brasileiros adultos de ambos os sexos. “Entre as mulheres de até 40 anos, 40% mostraram que fazem distinção entre relação afetiva e relação sexual”, afirma Carmita. Pela primeira vez, um grupo consolidado se diz disposto a fazer sexo com parceiros eventuais”, conclui.
Caretas
Para essa turma, todo programa é uma chance de conhecer alguém para namorar. Na balada, troca telefones, mas espera que ele dê o primeiro passo. Sexo no primeiro encontro? Jamais! Acha que isso desvaloriza a mulher. Pode até transar com um “amigo colorido”, mas não com um desconhecido. E que ninguém a convide para fazer sexo a três ou dê uma de galinha – ela valoriza a intimidade e a fidelidade. Seu lema é: “Não faço com os outros o que não quero que façam comigo”. Essas mulheres estão descobrindo sua sexualidade e seus desejos. E a fase de autoconhecimento pode ser fundamental para que consigam vivenciar a relação a dois com maior liberdade e autonomia”, afirma a psicoterapeuta Ana Cristina Caldeira, de São Paulo.
Pegadoras
Para esse grupo, sexo vem bem antes de romance. Não importa se o parceiro é solteiro, casado, rico, pobre nem se vai ligar no dia seguinte. Transar no primeiro encontro? Por que não? A pegadora não quer saber de compromisso. Já teve parceiros fixos, mas hoje está sem par, quer se divertir, topa tudo por uma boa transa. “Elas buscam autonomia emocional. Muitas já sofreram por amor, por isso imaginam que o único jeito de exercer a individualidade é manter relações passageiras. O problema está em trocar a dependência do parceiro pela dependência da superficialidade. Liberdade é também poder escolher compromisso quando se tem vontade”, afirma a psicóloga Sâmara Jorge, de São Paulo.
E você em que grupo se encaixa no das caretas ou das pegadoras???

1 comentários:
UM BEIJÃO PAULA
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